Novos Modelos de Trabalho e Renda
Quando se fala em futuro do trabalho, diversos estudos têm a juventude como público-alvo.
Porém, é importante notar que a população brasileira é formada por cerca de 54 Milhões de pessoas com 50 anos ou mais, totalizando 26% da população.
Esses dados salientam que, assim como os jovens, essas pessoas também terão que enfrentar a jornada rumo ao futuro do trabalho, e esta jornada tem suas nuances e particularidades.
Estamos vivendo uma revolução da longevidade. Em 1980, a expectativa de vida, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), era de 62,6 anos no Brasil. Quase 40 anos depois, em 2018, a expectativa saltou para 76 anos.
Além disso, estamos passando por uma redução gradativa da taxa de fecundidade: de 4,1 em 1980 para 1,7 em 2015. Ou seja, até 2060, uma a cada quatro pessoas no país será idosa e, já em 2030, estima-se que haverá mais idosos do que crianças.
Some isso à reforma da Previdência, que elevou a idade de aposentadoria de homens para 65 anos e de mulheres para 62, e teremos profissionais cada vez mais velhos no mercado.
Hoje, já são mais de 54 milhões de brasileiros acima de 50 anos, segundo o IBGE e, em 2040, segundo estudo da PwC e da FGV, 57% da força de trabalho do país terá 45 anos ou mais.
É a partir dessa configuração populacional que devemos pensar o futuro do trabalho e a relação intergeracional dentro das organizações. Afinal, se a inclusão de pessoas acima de 50 anos não for integrada às estratégias das empresas e do governo, o país irá enfrentar problemas de falta de mão de obra em pouco tempo.